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19/07/2021

Estado de Minas - BH tem primeiro semestre com mais mortes e menos nascimentos da história

Cartórios registraram quase 14 mil vidas perdidas, a maioria por COVID-19, enquanto 14,7 mil crianças vieram ao mundo até 30 de junho

A pandemia do coronavírus trouxe à tona uma realidade jamais vista na história de Belo Horizonte. De acordo com dados do Portal da Transparência do Registro Civil, os cartórios da capital contabilizaram o semestre com mais mortes e menos nascimentos desde 2003, quando foi criado o banco de dados.

As estatísticas mostram que foram registrados 13.824 óbitos até o fim do mês de junho. O número, que já é o maior da história em um primeiro semestre, é 43,1% maior que a média histórica de óbitos na cidade no mesmo período. Além disso, é 48,2% maior que os ocorridos nos seis primeiros meses do ano passado, já com a pandemia dizimando a população entre março e junho.

Segundo os dados do Portal da Transparência, em relação a 2019, ano anterior à chegada da pandemia, o aumento no número de mortes foi de 79,72%.

Em contrapartida, a cidade contabilizou 14.746 nascimentos até 30 de junho, o menor número desde o início da série história de 2003. O total é 20,3% do que a média histórica desde o início do banco de dados. Houve queda de 3,3% em relação ao mesmo período do ano passado e de 9% se comparado aos seis primeiros meses de 2019.

O presidente da Associação Nacional dos Registradores das Pessoas Naturais (Arpen-Brasil), Gustavo Fiscarelli, admite que a pandemia interferiu muito no equilíbrio demográfico da capital mineira: "Os números mostram claramente os impactos da doença em nossa sociedade e possibilitam que os gestores públicos possam planejar as diversas políticas sociais com base nos dados compilados pelos cartórios”.

Na visão dele, os dados interpretam exatamente o cenário desanimador que vive a sociedade com a pandemia: “O Portal da Transparência vem sendo usado por toda a sociedade para ter um retrato fiel do que tem acontecido no município neste momento de pandemia”.

Menos casamentos

Um dos motivos que podem se associar à queda de natalidade em 2021 na capital é a redução do número de casamentos. Até junho deste ano, os cartórios celebraram 5.448 casamentos civis, o quinto menor número desde 2003.

Apesar disso, as estatísticas de 2021 superam as do ano passado, quando foram realizados 2.736 matrimônios, num período prejudicado pelas medidas de isolamento.

Fonte: Estado de Minas

 

 


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