Clipping - Jornal Folha de São Paulo - De olho no feirão

Evento que reúne imobiliárias, bancos e cartórios é chance de barganhar a casa própria

CRISTIANE CAPUCHINHO - DA REPORTAGEM LOCAL

Construtoras, imobiliárias, financiadores e cartórios reunidos no mesmo lugar. Facilitar a logística para pesquisar imóveis e oficializar sua compra é o grande atrativo de feirões como o que a Caixa Econômica Federal realiza em dez cidades brasileiras.

Em São Paulo, o evento ocorre de 21 a 24 de maio e reunirá estandes de 133 construtoras e 130 imobiliárias. A grande concentração de unidades ofertadas será na faixa dos R$ 130 mil, animada pelo financiamento pelo programa do governo federal Minha Casa, Minha Vida.

Contudo, imóveis que custam até R$ 500 mil -contemplados pela novo teto do crédito com recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço)- também estarão na lista ofertada no feirão, além de algumas unidades que passam de R$ 1 milhão.

Em meio a tantas opções, fechar um bom negócio dependerá de pesquisa prévia e avaliação do orçamento familiar.
"Tem que fazer uma análise das possibilidades financeiras e da necessidade da família", diz João Crestana, presidente do Secovi-SP (sindicato do setor).

Seleção

O ideal é que o visitante já saiba qual a região em que pretende morar ou especificações do imóvel desejado e do entorno -se precisa ou não de metrô nas proximidades, por exemplo. A partir disso pode conhecer diversos empreendimentos e comparar preços e benefícios.

"A pessoa pode ir ao feirão para aprender sobre tipos de financiamento disponíveis no mercado", diz Crestana.
Para economizar tempo no dia da feira, é possível consultar antecipadamente na internet dados dos imóveis que serão comercializados, como preço e localização (leia mais à pág. 4).

Quem já tem um empreendimento em mente pode aproveitar o feirão para barganhar. O investimento das empresas no evento, com metas de venda para cada corretor, propicia o clima de negociação.

Mas, para isso, é preciso estar preparado para o trâmite -munido de documentos, comprovantes de renda e disposto a verificar a condição do vendedor com os notários.

Imóvel precisa ser investigado
DA REPORTAGEM LOCAL


Quem não realizar uma pesquisa prévia na internet dos imóveis vendidos no feirão da Caixa terá a chance de fazer essa prospecção no próprio evento.

Lá o visitante terá, nos estandes das construtoras, fotos, imagens de satélite do bairro pela internet e mapas com serviços fornecidos nas redondezas dos empreendimentos.

Mas nada disso substitui a visita ao local. A dica dos corretores é que o comprador participe dos primeiros dias do feirão para ter tempo de ir até o imóvel pretendido e voltar para a negociação.

Outra possibilidade é levar a documentação para fazer uma carta de crédito, válida por até 180 dias, no evento e, após o feirão, escolher um bem específico e efetivar a contratação do financiamento.

Checar ficha do vendedor é essencial
DA REPORTAGEM LOCAL


A compra de imóveis usados requer cuidados extras: o levantamento da situação judicial e financeira do vendedor, além da documentação do bem.

"O comprador precisa verificar a matrícula do imóvel e as condições do proprietário: se tem protestos ou alguma indisponibilidade judicial", indica Patrícia Ferraz, presidente da Anoreg-SP (associação dos notários), que participará do feirão.

Os protestos de pessoa física e registros de imóveis poderão ser conferidos lá mesmo. Uma nova ferramenta on-line permitirá o acesso imediato a matrículas de imóveis.
"Para verificar as condições, às vezes você só precisa dar uma olhada na matrícula, e isso custa 30% do valor da certidão", explica Ferraz.

De acordo com a Arisp (associação dos registradores da capital), a certidão em papel ou digital custa R$ 34,88. Durante o evento, todas as matrículas de imóveis da capital estarão disponíveis para visualização imediata. (CC)


Fonte: Site do Jornal Folha de São Paulo - 17/05/2009.

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